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P A T R O N O
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EURIVALDO CALDAS TAVARES

Patrono da ALMEP e da Cadeira 01

ESBOÇO BIOGRÁFICO

Revendo com paciência os velhos arquivos da Polícia Militar, memória de nossos antepassados, encontramos a pessoa do Major e Monsenhor Eurivaldo Caldas Tavares, nascido aos 29 de abril de 1921, no município de Paraíba, hoje João Pessoa, capital paraibana; quarto filho do casal Dr. Eurípedes Tavares da Costa e D. Maria das Dores Caldas Tavares e neto do Desembargador Caldas Brandão. Major Eurivaldo nasceu numa época ainda sob o reflexo da influência da literatura e das artes e, muito cedo, até por conta da origem familiar, teve contato com a filosofia, a literatura e o direito.

Major Eurivaldo Caldas sempre frequentou o ensino público, concluindo seus estudos básicos aos 11 anos de idade; em seguida concluiu o Colegial e Secundário no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, mas foi no Seminário Paraibano que se graduou em filosofia, em 1939 e em teologia, em 1943 e em 1970, concluiu o curso de licenciamento em Filosofia, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica de Pernambuco.

 

Eurivaldo Caldas, além de sacerdote - ordenado padre aos 04 de março de 1944, com 22 anos - foi professor de Latim, Francês, Religião, Filosofia, de Organização Social e Política do Brasil e de Estudos dos Problemas Brasileiros. No Magistério, foi Vice-Diretor do Colégio Diocesano Pio XI, em 1944; fundador e primeiro Diretor no Colégio Comercial Dr. Corálio Soares de Sapé, em 1957; Diretor do Colégio Estadual de Sapé, em1960; um dos fundadores da Universidade Autônoma de João Pessoa, em 1972; e, por fim, Professor Assistente concursado da Universidade Federal da Paraíba, em 1976.

 

Como se não bastasse, foi Secretário de Educação e Cultura do Município de João Pessoa; chefe do Serviço de Relações Públicas e chefe de Gabinete do Comando e Assessor de Relações Públicas da Polícia Militar da Paraíba; Capelão do Colégio Diocesano Pio XI de Campina Grande; do Hospital Regional Dr. Sá Andrade de Sapé; em João Pessoa, do Hospital Napoleão Laureano; da Penitenciária Modelo; do Externato Santa Dorotéia; da Polícia Militar da Paraíba; da Igreja da Misericórdia da Santa Casa da Misericórdia da Paraíba; e interino do I Grupamento de Engenharia de Construção. Além de Pároco da cidade de Sapé por 16 anos e o Primeiro Pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Miramar, em João Pessoa/PB. Dos 69 anos de vida eclesiástica o Cônego Eurivaldo Caldas Tavares, após ordenado padre, assumiu onze cargos diferentes, entre os quais se destacam: Cônego Honorário do Cabido Metropolitano da Paraíba, nomeado em 1950 e Monsenhor Capelão do Papa João Paulo II, nomeado em 1998.

 

Foi também, representante do Governo Estadual, junto ao Ministério da Educação e Cultura; membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (Cadeira 26); catedrático da Academia Paraibana de Letras (Cadeira nº 36); Membro do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; da União Brasileira de Escritores (Seção da Paraíba) e da Academia de Letras Municipais do Brasil (Seção da Paraíba), sendo ainda Patrono da Biblioteca Paroquial da cidade de Sapé.

 

Entre as distinções com que foi agraciado constam o título de Cidadão Honorário de Sapé; diplomas da Marinha; do Exército; Mérito Cultural José Maria dos Santos; medalha do “Pacificador” do Ministro do Exército; diploma do Mérito Universitário pela Universidade autônoma de João Pessoa; Comenda “Ad Imortalitatem” e Diploma do Mérito do Serviço Cultural, ambos dados pela Academia Paraibana de Letras, sendo motivo de referências elogiosas do Comando Geral da Policia Militar e Grupamento de Engenharia de Construção do Exército Brasileiro.

 

Foi autor de 25 livros, sendo eles: Subsídios para a história de Mari (ex-Araçá), João Pessoa: Editora Teone, 1953; O Seminário Arquidiocesano da Paraíba e o Jubileu de diamante de fundação, A União, 1954; Qualidades naturais e virtudes morais e cívicas do militar, Oficinas gráficas d da ETFPB, 1970; 140 anos a serviço da nossa segurança, A União, 1971; Bases filosóficas do ensino de Moral e Cívica, GRAFISA, 1971; Perfil biográfico de D. Moisés Coelho, INTERPLAN, 1971; 70 anos do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, A União, 1975; Duas vidas a serviço da Paraíba, A União, 1976; Deus, Pátria e Família, A União, 1977; Soldado paraibano, orgulho do grande presidente, A União; Implicações da axiologia no estado de moral e cívica, A União, 1978; Subsídios para o estudo de problemas brasileiros, A União, 1980; Legendas que se entrelaçam, A União, 1980; Subsídios para o estudo de problemas brasileiros, 2ª ed. UFPB; 1981; Sebo Universitário Tavares Cavalcanti, o romano antigo, GRAFISA, 1981; Século e meio de bravura e heroísmo, A União, 1982; Mathias Freire-padre, poeta, arcanjo e passarinho, GRAFISA, 1982; Monsenhor Anísio – cultor da ciência divina e da ciência humana, GRAFISA, 1983; Subsídios para o estudo de problemas brasileiros, 3ª ed. 1983; Cônego João de Deus - o amigo, o padre e o poeta, GRAFISA, 1985; Itinerário da Paraíba Católica, GRAFSET, 1985; Diógenes Caldas – um missionário do bem comum, Gráfica Progresso Ltda., 1986; Retrato nobre – traços biográficos de Eurípedes Tavares, UNIGRAF, 1989; Monsenhor Tibúrcio – um apóstolo e formador de apóstolos, UNIGRAF, 1990; e Paraíba – 100 anos de Bispado (1992).

 

Seu maior legado para a Polícia Militar foi o levantamento histórico e geográfico da data de criação da Instituição ainda nos dias de Junta Governativa e Província da Paraíba, assinada pelo Padre Galdino da Costa Villar, em 03 de fevereiro de 1832, assim como, resgatou a vida e memória de personagens ilustres que, com seu tempo, conhecimento e habilidade, se dedicaram as causas da sociedade e a construção de uma Força Pública digna do povo paraibano. Monsenhor Eurivaldo faleceu em João Pessoa, aos 92 anos em 24 de junho de 2013. Nessa época, estava concluindo dois livros: Século e Meio de Bravura e Heroísmo, 2º Volume, e Perfil biográfico de D. Moisés Coelho, 2ª edição, revisada e ampliada.

 

Em 2021, no Centenário de seu nascimento é erguido como o Patrono da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba – ALMEP e da Cadeira nº 01, que tem assento o Acadêmico Fundador e idealizador da ALMEP, Doutor histórico-geográfico, pesquisador e membro da Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil e do Distrito Federal (ALMEBRAS), Cadeira 22, José Walber Rufino Tavares, Coronel da Reserva Remunerada do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba.

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