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P A T R O N O
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ELÍSIO AUGUSTO DE ARAÚJO SOBREIRA

Patrono da Cadeira 02

ESBOÇO BIOGRÁFICO

Natural da cidade de Esperança, brejo paraibano, Elísio Sobreira nasceu aos 20 de agosto de 1878, sendo o terceiro filho do casal alagoa-grandenses, o professor Joviniano Augusto de Araújo Sobreira e a doméstica Maria Augusta Sobreira de Carvalho. Com pendor artístico, desde jovem, Elísio se dedicou às artes musicais, arranjos, instrumentos e partituras. Isto o fez, aos 20 anos de idade, ser Mestre das bandas de música das cidades de Campina e Alagoa Grande. Nesse entremeio, conheceu uma jovem de 17 anos de idade incompletos, Silvina 

Rodrigues de Oliveira, filha de Thomas Rodrigues de Oliveira e de Maria Florência das Virgens, e com quem contraiu matrimônio em 1898, no Cartório de Esperança, passando ela a chamar-se Silvina Rodrigues Sobreira. Desse consórcio nasceram dez filhos; sete se criaram, o Arthur, Alice,

Aurélio, Áurea, Aloysio, Abiaci e Amauri. O primeiro nascido em junho de 1889, em Esperança, e o último, em janeiro de 1927, em João Pessoa.

Em 1907, aos 29 anos de idade, Elísio Sobreira é incluído no Batalhão de Segurança, denominação da Polícia Militar, na época, na cidade da Parahyba, como Alferes e, poucos meses depois, sob o comando do Major Genuíno Bezerra, enfrentou vários grupos de cangaceiros, destacando-se os liderados por Jesuíno Alves de Melo Calado, o “Jesuíno Brilhante”, que invadiram Belém do Brejo do Cruz e Catolé do Rocha, cidades divisas com Patu/RN. Esse jagunço vinha aterrorizando o Rio Grande do Norte e a Paraíba desde 1870.

Como tenente em 1912 enfrenta lutas armadas na região do Cariri, liderado por João Santa Cruz, Promotor de Justiça e Franklin Dantas, proprietário rural que, por razões políticas, pretendiam provocar um clima de desordem no interior do Estado que justificasse uma intervenção Federal. Por esses e outros motivos, Elísio Sobreira obteve referências elogiosas do seu Comandante, Coronel Mário Barbedo.

Em 1913, como capitão, por dez anos assume várias funções de destaque, fechando este ciclo como delegado de Pombal, em novembro de 1924, cujo elevado espírito de justiça e capacidade de articulação com os diversos setores da sociedade local, fez com que retornasse à capital para assumir o cargo de Assistente Militar do Governador Sólon de Lucena.

Em 1924, diante de sua capacidade de liderança, altruísmo e denodo pelo serviço militar e pelas causas do povo, sobretudo, comprometimento, o fez receber a promoção para major e no mesmo período ser comissionado tenente-coronel e comandante da Força Pública Estadual pela primeira vez, no período de 1924 a 1928.

Em 1926, enfrenta, com bravura, as lutas contra a Coluna Prestes, que invadiu a Paraíba pela região de Catolé do Rocha. De 1928 a março de 1930, o tenente-coronel Elísio Sobreira deixa o Comando da Polícia Militar para ser Assistente Militar do Governador João Pessoa, ficando no comando da PM, o coronel de Exército Francisco de Aragão Sobrinho.

Em abril de 1930, a Paraíba é o primeiro Estado do Nordeste a dar apoio ao movimento revolucionário, ocasião em que ele é comissionado ao posto de Coronel Revolucionário para, em conjunto com as Tropas Federais, comandar um grupo de Batalhões pelo sertão paraibano, atuando nas ações que resultaram na adesão de tropas que ainda não tinham declarado apoio ao movimento.

Em março de 1931, passa o comando da PM para o tenente comissionado tenente-coronel PM Agildo Barata, e é designado para a função de Assistente Militar do Interventor Antenor Navarro. De 1934 a 1937, Elísio passa a ser o subcomandante da PM, em 1938 e, com 31 anos de serviço, passa para a reserva.

Em 30 de maio de 1942, aos 64 anos de idade, morre o coronel Elísio Augusto de Araújo Sobreira, no hospital de pronto socorro da capital, vítima de apendicite supurada sem perfuração isco oral, Peritonite aguda generalizada, Colapso; conforme atestou o Dr. João Medeiros naquela notificado pelo Cartório de Registro Civil da Capital, Óbito 24218; Talão 122; página 18.

Em 1957, seus méritos e feitos são mais uma vez reconhecidos, quando o Decreto nº 1.238, de 10/10/1957 o torna Patrono da Polícia Militar da Paraíba; o Decreto nº 15.489, de 9/8/1993 define o dia 20 de agosto como o Dia consagrado ao Patrono; e pelo Decreto 15.503 da mesma data, é criada a Medalha Coronel Elísio Sobreira, que se destina a homenagear pessoas que tenham prestado elevados serviços à Polícia Militar.

Pelos motivos resumidamente expostos e, como forma de enaltecer a Briosa Polícia Militar da Paraíba, a qual forjou o Bisavô, Avô, Pai e o próprio Confrade Wolgrand Júnior, Coronel Elísio Sobreira é tomado como Patrono da Cadeira nº 02 da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba (ALMEP), que tem assento o Acadêmico Fundador, bacharel em direito, contador, pesquisador e membro da Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil e do Distrito Federal (ALMEBRAS), Cadeira 09, Wolgrand Pinto Lordão Júnior, coronel da Reserva Remunerada da Polícia Militar da Paraíba.

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