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P A T R O N O
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GENUÍNO DE ALBUQUERQUE BEZERRA

Patrono da Cadeira 05

ESBOÇO BIOGRÁFICO

Genuíno Bezerra nasceu em 4 de novembro de 1884, no engenho Várzea Comprida, município de Guarabira/PB, filho de Francisco Bruno Jácome Bezerra e Herundina de Almeida Albuquerque Bezerra. Desde jovem, demonstrou seu interesse em seguir a carreira militar e, aos 14 anos, após concluir o ensino primário, ingressou no "Batalhão de Segurança do Estado," a denominação da Polícia Militar da Paraíba na época.

Após seu recrutamento, começou a trabalhar como Auxiliar de Escrita na Casa das Ordens, atual Ajudância Geral. No ano seguinte, foi promovido a Furriel da 1ª Companhia, onde desempenhou a função de 3º Sargento responsável pela logística. Aos 16 anos, alcançou a

graduação de 2º Sargento e, em seguida, a de 1º Sargento da 2ª Companhia. Demonstrando notável habilidade, organização e senso de dever, ele também assumiu as funções de Sargento-Ajudante e Sargento-Quartel-Mestre.

Além disso, Genuíno atuou como Fiel de Agente do Rancho das Praças, Auxiliar de Instrutor e Instrutor. Aos 23 anos, foi promovido a Alferes-Quartel-Mestre, o equivalente a 2º Tenente responsável pela logística. Essa rápida ascensão demonstra sua notável capacidade e a confiança que conquistou dentro da Polícia Militar.

Ele também desempenhou papéis de destaque na administração da Polícia Militar, servindo como Subcomandante Geral e Comandante interino da Corporação entre 1913 e 1924. Além disso, atuou como Assistente Militar do Governador Camilo de Holanda de 1916 a 1920.

Genuíno Bezerra liderou diversas Patrulhas Volantes em ações contra grupos armados. Suas diligências incluíram a luta contra bandidos em Teixeira em 1907 e a prisão de seis conhecidos criminosos em Pombal no mesmo ano. Em 1908, por ordem do Governador, sua Patrulha perseguiu e eliminou o cangaceiro José Alves no sertão do Ceará, além de derrotar José Luiz em Piancó. Nesse mesmo ano, enquanto combatia o grupo de Antônio Silvino em São João do Cariri, Genuíno ficou ferido após cair de um cavalo.

Em 1909, em São João do Cariri, ele enfrentou um grupo de cangaceiros, resultando na prisão de três bandidos e na morte de dois policiais. Em 1910, sua Volante impediu que o grupo de cangaceiros liderado por Antônio Silvino invadisse a cidade de Sousa.

Durante os anos de 1911 e 1912, concentrou suas ações na região de Monteiro, onde combateu grupos armados liderados por João Santa Cruz, que tinham motivações políticas, visando provocar a intervenção Federal no Estado. Graças às ações da Polícia Militar, liderada por Genuíno, esses objetivos não foram alcançados, e muitos cangaceiros foram presos.

Além de suas funções como comandante de Patrulhas Volantes e Delegado, o Major Genuíno também foi prefeito em cinco cidades do Estado durante o período do Estado Novo (1937-1945), quando os prefeitos eram nomeados diretamente pelo governo estadual. Sua administração nas cidades de Souza, Conceição, Pilar, Teixeira e Piancó foi marcada por melhorias na infraestrutura urbana, como arborização de ruas, construção ou reforma de matadouros, cemitérios, praças e banheiros públicos, além de rigor na fiscalização dos gastos públicos.

Seu compromisso e integridade foram reconhecidos pelo Governador Camilo de Holanda, que destacou Genuíno como uma das glórias da Força Policial em sua mensagem anual à Assembleia Legislativa. O Major Genuíno Bezerra foi, sem dúvida, um valoroso comandante e líder que prestou relevantes serviços à Polícia Militar da Paraíba e à sociedade paraibana.

E, em 1924, aos 40 anos de idade e 26 anos de serviço, foi para a reserva. As palavras no Jornal “A União” encerram o que pretendemos dizer sobre o Notável menino de 14 anos que sentou Praça na Polícia Militar da Paraíba, vejamos: “O Major Genuíno Bezerra, uma das glórias da nossa Força Policial, assinalado pelo seu denodo, em sucessivos recontros na perseguição do banditismo, no interior do Estado, é símbolo vivo da lealdade perfeita, sempre solícito no cumprimento das ordens recebidas, sem se mostrar jamais aquém de missão.” Presidente do Estado Dr. João Pereira de Castro Pinto, em sua Mensagem à Assembleia Legislativa.

Em 26 de setembro de 1959, morre aos 74 anos de idade, vítima de insuficiência cardiorrespiratória por processo basilar bilateral como consta na certidão 15.676, Talão 120, Página 57 do Cartório de Registro Civil da Capital.

Sendo hoje, trazido à luz parte de sua trajetória, como homenagem a esse herói que dedicou sua vida à segurança e proteção do povo paraibano; sendo eternizado quando tomamos seu nome para ser o Patrono da Cadeira nº 05 da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba - ALMEP, que tem assento o Acadêmico Fundador Bacharel em direito, escritor e pesquisador, Valdomiro Bandeira de Sousa Neto, 3º Sargento da Polícia Militar do Estado da Paraíba.

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