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P A T R O N O
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IRINEU RANGEL DE FARIAS

Patrono da Cadeira 11

Por Ambrósio Agrícola Nunes

ESBOÇO BIOGRÁFICO

Nascido em 6 de agosto de 1883, na localidade denominada de Batalhão, antes Carnaúba e atual município de TaperoḠconterrâneo do Padre Galdino da Costa Vilar, presidente da Província da Parahyba, que em 1832 por ato provincial cria a Polícia Militar da Paraíba, Irineu Rangel de Farias, “sentou” Praça como soldado aos 22 anos de idade na Polícia Militar, quando esta chama-se Batalhão de Segurança. Foi na manhã da segunda-feira, dia 6 de junho de 1904 no quartel sede do Batalhão de Segurança, como nos lembra escritos do coronel PM Ademar Naziazene, situado no Campo do Conselheiro

Diogo, depois, Largo Cel. Bento Gama e por último Praça Pedro Américo, atual denominação que Irineu Rangel teve seus primeiros contatos com a vida militar.

Em 1905 foi promovido a graduação de Anspençada, uma graduação antiga que atualmente seria entre Soldado e Cabo. Nessa graduação prestou serviços na Guarda Municipal de Campina Grande e devido ao seu empenho e valor profissional em 1908 foi promovido a graduação de Cabo de Esquadra. A 3º Sargento no ano seguinte e 2º Sargento em 1911, sempre por merecimento, indicado pelo Comandante porque era o único critério vigente na época para a promoção de Praças.

Em 1912 o Comandante coronel PM Mário Barbedo, quando a Corporação passa a ser denominada Força Pública, ele institui o ingresso de seleção entre os Sargentos ao oficialato. No ano seguinte, em 16 de abril de 1913, Irineu Rangel foi promovido ao Posto de Alferes, passando a 2º tenente após o advento do Decreto 448 de 9 de novembro de 1916, pois até então não existia o Posto, muito menos sua subdivisão.

Como tenente Irineu Rangel combateu grupos de cangaceiros que percorriam o sertão e o brejo paraibano, comandando Patrulhas Volantes, tendo inclusive, exercido a função de Delegado de Polícia nas cidades de Souza, Bananeiras e Conceição do Piancó, sendo ele, elogiado pelo Comandante Geral e pelo Governador por diversas vezes, onde se ressaltavam suas qualidades tendo-o como organizado, disciplinado, disciplinador, dedicado, companheiro, justo, corajoso, de apresentação pessoal irrepreensível e socialmente polido, exercendo aquelas funções até 23 de janeiro de 1924, quando no posto de 1º Tenente foi reformado em decorrência dos ferimentos sofridos, por sido baleado nas costas em um confronto com bandidos.

Retorna a ativa por indicação do Comandante Cel. Elísio Sobreira, convocado para comandar o recém-criado 2º Batalhão de Polícia na cidade de Patos, no sertão paraibano em janeiro de 1925, para isso é promovido a Capitão o que demonstra, não somente a capacidade deste policial, mas, sobretudo, o prestígio que ele gozava na Corporação.

Em 1926, o 2º Batalhão teve um importante papel nos combates empreendidos contra a Coluna Prestes, evitando que a cidade de Patos principal alvo da Coluna, fosse invadida, como nos lembra nosso Confrade Cel. Batista ao publicar na “Briosa” fatos sobre o Cap. Irineu Rangel.

Em 1928, Irineu Rangel combateu pessoalmente o bando de Lampião. Em 1930, o mesmo oficial salvou a Coluna (grupo de policiais militares estaduais) que se dirigia a Princesa sob o comando do Cap. João Costa. Aliás, na marcha neste sentido, os nossos homens foram emboscados, onde 80 soldados foram feridos.

Para se ideia do vulto de Irineu Rangel, basta dizer que, nessa fase, ele, ao lado de José Américo, coordenou a formação de forças legalistas para combater a rebelião. José Américo coordenava as ações civis Enquanto Irineu Rangel concentrava as atividades relativas à força militar, revelando-se um estrategista, foi sob suas ordens que se reestruturou a coluna da Polícia Militar, com a missão de atacar Princesa.

Para esse fim Irineu Rangel montou um Quartel na cidade de Piancó e lá iniciou o treinamento com efetivo recrutado em todo Estado. Devido a situação, à medida que aprendiam o básico os recrutados, seguiam para as frentes de combates. Encerradas as lutas, o efetivo provisório foi dispensado no fim do ano e Irineu Rangel foi reformado em definitivo com 47 anos de idade com problemas de saúde, ainda advindos dos ferimentos sofridos em ação contra cangaceiros.

Irineu Rangel nos anos 30 foi Prefeito Interventor da cidade de Teixeira. Foi também o primeiro Diretor da Penitenciária Modelo e primeiro Prefeito de Taperoá na segunda República (1948/1951). Seu governo ficou marcado, principalmente, por dedicar-se à pobreza, cuja devoção coube-lhe na época, receber a maior homenagem da Assembleia Legislativa paraibana, a Medalha Epitácio Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.

Por justiça, devido a vários benefícios implantados para o Polícia Militar pelos governos de José Américo, Rui Carneiro e Osvaldo Trigueiro que não alcançaram os reformados antes de 1931, em 24 de outubro de 1965, o Governador Pedro Gondim, promove Irineu Rangel ao posto de Major. Oito anos mais tarde o velho herói, agora com 90 anos de idade, foi condecorado, no Salão de Honra do Comando Geral, com a medalha Vital de Negreiros, a mais alta comenda da concedia pela Corporação na época e que atualmente não mais existe.

No dia 24 de agosto de 1997, depois de ultrapassar os 94 anos de idade, o Major PM Irineu Rangel, veio a falecer em meios aos seus familiares, deixando um exemplo de vida, denodo e de dedicação em defesa do povo paraibano.

E hoje é homenageado, sendo imortalizado como Patrono da Cadeira nº 11 da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba - ALMEP, que tem assento o Acadêmico Fundador, Musicista e Letrista; Literário; Benfeitor; Promotor; Juiz de Direito; Escritor e pesquisador, Ambrósio Agrícola Nunes, Tenente Coronel reformado da Polícia Militar da Paraíba.

Anverso: Efígie do presidente Epitácio Pessoa e período do seu mandato: 1919-1922

Reverso: Tronco de árvore cortado, do qual brotam novos galhos e legenda 100 ANOS DE INDEPENDÊNCIA

Gravador: Lohmann

Cunhagem: Ouro Preto

Collection

Metal: Prata

Dimensão: 55mm

Peso: 55g

Emissão: 286 unidades

Valor estimado: 50 dólares

Catálogo GG: 1977.34.BR

Arquivo: Museu das Medalhas Brasileiras

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