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P A T R O N O
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PADRE GALDINO DA COSTA VILAR

Patrono da Cadeira 07

ESBOÇO BIOGRÁFICO

Galdino da Costa Villar nasceu no município de Taperoá quando se chamava Carnaúba, em 1767. Primogênito de dez filhos do luso-brasileiro Bento da Costa Villar com a “pessoense” Thereza Joaquina de Andrade. Foi ordenado Padre pela Arquidiocese de Olinda nos dias de Dom Frei Diogo de Jesus Jardim, 11º Bispo de Olinda (1785-1794), aos 24 anos de idade.

Seu pai, Bento da Costa Vilar, da circunscrição de Lisboa, chegou à Paraíba na primeira metade do século XVIII, meados de 1730, se instalando nos arredores do Sítio Gramame, onde já morava desde o início do século o conterrâneo Francisco Coelho Barreto, o qual tinha uma sobrinha-afilhada, Anna Francisca Coelho Barreto, paraibana que se casou com o lusitano Manoel Rodrigues Piques. Desse matrimônio, nasceu Thereza Joaquina de Andrade com quem Bento Vilar se casou,

indo morar numa região conhecida como “cariri de fora” fixando residência na Fazenda Boa Vista da Carnaúba, às margens do rio Unebatucu (hoje Taperoá), cerca de sete quilômetros (légua e meia) da atual cidade de Taperoá, que na época era chamada de Fazenda Batalhão, depois Batalhão e por fim Taperoá, na circunscrição de São João do Cariri.

Padre Galdino teve como irmãos por ordem de nascimento, Bento (1767); Luís (1776); Mariana (1778); Francisca (1779); Inocência (1782); Carlota (1784); João (1790); Antonio (1792) e Joaquim (1796).

Aos 57 anos de idade, em meados de setembro de 1824, Padre Galdino, ao lado do capitão Costa Ramos, comandou tropas do Exército Imperial trazidas pelo comandante e mercenário inglês Lord Cochrane, por ordem de D. Pedro I, no sertão paraibano contra a resistência armada formada pelo grupo revolucionário liberal e separatista liderado pelo pernambucano Manoel de Carvalho Paes de Andrade, que tinha sido, em 1823, com apoio da elite e da classe popular, eleito presidente daquela Província pela “Junta dos Matutos”.

Padre Galdino impediu que os revolucionários liderados pelo pernambucano Frei Joaquim “do Amor Divino” Caneca, fundador do Jornal “O Typhis Pernambucano”, que defendia ideais liberais e federalistas, chegassem a Quixeramobim, cidade do sertão central da Província cearense, onde se encontraria com o Padre Mororó, líder revolucionário local desde 1817, e assim fortalecesse a Confederação do Equador, iniciada em Pernambuco e que já se alastrava pelas províncias do Nordeste brasileiro.

Um dos nomes que jamais pode ficar no anonimato é daquele a quem, depois de cumprir mandato, na primeira legislatura, de Deputado à Assembleia Geral pela Paraíba (1826/1829) no início do Século XIX, mais precisamente às oito da noite, da sexta-feira, dia 03 de fevereiro de 1832, na companhia de mais sete integrantes e por Ato do Conselho Provincial, coube a decisão histórica de colocar em prática a Lei de 10 out. 1831, que autorizava aos Presidentes Provinciais do Período Regencial, quando achassem necessário, criarem nelas o Corpo Municipal Permanente, primeiro nome dado à Polícia Militar nos Estados brasileiros, por Padre Galdino da Costa Villar.

Embora o Padre Galdino da Costa Vilar esteja sepultado na Igreja Matriz de Taperoá, não se sabe ao certo quando se deu seu passamento, mas hoje sua memória é resgatada tornando-se Patrono da Cadeira nº 07 da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba - ALMEP, que tem assento o Acadêmico Fundador, Doutor, pesquisador e escritor Onivan Elias de Oliveira, Tenente Coronel da Polícia Militar da Paraíba.

Sua imagem é uma expressão gráfica a partir dos traços familiares, posto que, até o momento dessa edição, não se conhece a verdadeira face do padre Galdino, sendo portanto, uma justa homenagem, da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba, com o propósito didático com a confiança de que o fundador da Polícia Militar paraibana, seja imortalizado em nosso sodalício.

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